que nunca apontou a direcção certa,
sempre a ter mais e ser menos do que queres,
sem poder tapar-me nem destapar-me de ti,
tão certo como não poder haver vales sem montes,
o inefável peso do vazio esmaga
e detalha todo o desconhecido,
como se o sonhado fosse o vivido.
Sonho que faz das palavras oculares
ter a pele que osculares
e os braços como teus colares,
após uma volta concreta,
num abraço que tudo desaperta,
ter tanto quanto e ser tudo o que queres,
tapar-me e não mais me destapar de ti.
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