domingo, 8 de junho de 2014

Tacticismo para o Campeonato do Mundo

O início do Campeonato do Mundo de futebol está prestes a verificar-se. A selecção portuguesa estrear-se-á no dia 16 de Junho, frente à Mannschaft. Seguir-se-á a selecção norte-americana, sendo concluída a fase de grupos frente ao Gana.


Enquanto entusiasta e amante de futebol, acredito que cada jogo deve ser encarado e preparado para vencer, não importa se o adversário é, teoricamente, muito mais forte ou fraco. No entanto, em partidas que não têm importância apenas de forma isolada, para serem atingidos os objectivos pretendidos, não pode ser esquecido o pragmatismo.



Nas fases finais das competições, é habitual dizer -se que o primeiro jogo é o mais importante. Que é muito importante vencê-lo. Contudo, no caso que nos diz respeito, a minha opinião é precisamente a contrária. A Alemanha, campeã mundial por três vezes, é sempre uma crónica candidata à chegar à final. E ninguém, no seu perfeito juízo, dirá, sem esboçar um sorriso irónico, que Portugal é favorito para esse encontro. Assim sendo, o nosso campeonato, na fase de grupos, é contra as outras duas selecções que nos calharam em sorteio. E isso leva-me à questão que tem tido tanto direito de antena (em demasia, diria eu) nos serviços noticiosos de televisão e rádio e na imprensa: a lesão de Cristiano Ronaldo.



Há cerca de três anos, afirmava eu que, até então, jogar com Cristiano Ronaldo era jogar com dez em campo (na selecção, claro). A partir do Euro 2012, CR7 mudou e passou a ser, na minha opinião, um jogador mais qualquer coisa entre outros dez. E as suas influência e prestações têm sido cada vez mais notórias. É, assim, natural (mas desmedida) a preocupação pela sua limitação nos treinos de preparação para a competição.



Assim sendo, penso que a sua utilização no primeiro jogo da fase de grupos não será aconselhável. Pelo menos, no onze inicial. Será mais importante tê-lo plenamente recuperado para vencermos os jogos que são, quanto a mim, os realmente importantes. Isto não invalida que a equipa, sem CR7, não jogue para vencer os germânicos. Tanto melhor, se conseguirem os três pontos. Mas o importante será vencer EUA e Gana e, de seguida, as finais que antecedem a final, bem como esta.



No xadrez, ninguém vence sem sacrificar algumas pedras. Portugal não tem armas suficientemente fortes para vencer sem algum tacticismo. Espero que tenha o discernimento para o desenhar e implementar.



Boa sorte, Portugal!



P.S.: quero também desejar boa sorte ao Brasil e aos brasileiros. Hoje, ainda não estou certo, dadas as notícias que têm chegado, que a competição será iniciada ou terminada. Para mim, o futebol não pode ser mais importante do que a Saúde e a Educação da população. Mas, já que se chegou até aqui, será sensato garantir que tudo corra bem. As manifestações serão inevitáveis. Esperemos que sejam pacíficas. Boa sorte, Brasil!


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